sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Componentes dos Motores Endotérmicos - Parte II

Chamando Atenção:

No artigo passado, foi possível observamos alguns componentes que integram os motores endotérmicos. A nossa intenção é darmos continuidade a esse processo de aprendizagem, enfatizando outros elementos de estudo deste maravilhoso do mundo da tecnologia automotiva.

Prezados alunos, percebam que apesar da complexidade do funcionamento, dos vários nomes de componentes e das grandes relações de torque e potência; os motores endotérmicos ao serem estudados detalhadamente no tocante aos seus subsistemas ou subáreas, tornam-se muito mais fácil de serem mensurados e classificados.
Então, vamos de imediato aprender novos conceitos e funcionamento de novos componentes. Venham comigo:


Motor de Automóvel Lamborghini Gallardo - oito pistões.

Cabeçote:

Num motor de combustão interna, cabeça do motor é a tampa de fechamento da parte superior do bloco de cilindros e consiste numa plataforma perfeitamente usinada (fresa) de modo ajustar-se ao bloco metal a fim de oferecer resistência as explosões. Atualmente a Cabeça do motor é a parte superior da câmara de combustão e onde se localizam as velas e as válvulas de admissão e exaustão.

Além de facilitar a manutenção do motor, a cabeça do motor é a chave para o bom desempenho, por determinar o formato da câmara de combustão, a passagem dos gases de admissão e exaustão, o funcionamento das válvulas e seu comando. Pode se elaborar um motor totalmente diferente em desempenho apenas alterando o cabeçote.

Usualmente é manufaturada no mesmo material do restante do bloco, ferro fundido ou, em motores de alto desempenho, ligas de alumínio. Como o restante do bloco, contém dutos separados para passagem de lubrificante e água da refrigeração.

Cabeçote de oito válvulas

Válvulas:

A válvula de um motor de combustão interna é um dispositivo que visa permitir ou bloquear a entrada ou a saída de gases dos cilindros do motor.

A válvula é constituída por uma cabeça em forma de disco(1), fixa a uma haste cilíndrica (2). A haste desliza dentro de uma guia (7) constituída por metal que provoque reduzida fricção( por. ex. ferro fundido, bronze).

O topo da haste está em contacto mecânico com um impulsor (4) que, accionado pelo excêntrico(5) da árvore de cames, provoca a sua abertura e a consequente entrada ou saída dos gases do motor.

Uma mola (3) assegura que a válvula regressa à sua posição de fecho mal deixe de haver pressão mecânica para a sua abertura. Em alguns motores este regresso da válvula à sua posição de repouso sobre o assento, também chamado "sede", da válvula (6) é conseguido por comandos pneumáticos e não mecânicos.




Cilindrada:

A cilindrada ou volume de deslocamento do motor é definido como o volume varrido pelo deslocamento de uma peça móvel numa câmara hermeticamente fechada durante um movimento unitário. Este conceito aplica-se em diferentes tipos de bombas e motores.

O movimento unitário corresponde a uma ida e volta no caso de um dispositivo linear como um pistão, ou a uma rotação no caso de um dispositivo giratório.

No caso específico dos motores de combustão interna, a cilindrada é o volume varrido por um pistão dentro de um cilindro entre o ponto morto superior (PMS) e o ponto morto inferior (PMI), por conseguinte para uma ida e volta. Exemplo: Um motor de automóvel com uma cilindrada de 2 litros (realmente 2 l/rotação) aspira e expira dois litros de gás por cada volta do virabrequim. Quando o virabrequim faz uma volta, todos os pistões fizeram uma ida e volta. Em duas voltas do virabrequim são aspirados dois litros de gás combustível e expirados outros dois litros de gases de escape, quatro litros no total.


A vermelho o volume correspondente à cilindrada,
durante um ciclo completo de um motor de quatro
cilindros a quatro tempos.

Cálculo da Cilindrada:

O cálculo da cilindrada parte de dois dados normalmente conhecidos num motor a pistões: o diâmetro e o curso. A partir da fórmula da área do circulo em função do raio obtém-se a mesma em função do diâmetro:

S = \pi \times  R^2 = \pi \times \frac {D^2}{4}\,

Para determinar o volume do cilindro percorrido pelo pistão, também chamado volume deslocado ou cilindrada unitária, basta multiplicar a área do pistão pelo respectivo curso(C).

VD_{Volume Deslocado}  = (\pi \times \frac {D^2}{4}) \times C

A cilindrada do motor resulta do produto da cilindrada unitária pelo número de cilindros do motor(N)

V_{cilindrada}  = N \times ((\pi \times \frac {D^2}{4}) \times C)

Ex: Motor de seis cilindros com diâmetro x curso de 84,0mm x 89,6mm (8,4cm x 8,96cm):


V_{cilindrada}  = 6 \times ((\pi \times \frac {84^2}{4}) \times 89,6)=2979cm3

Um comentário:

  1. Professor Felisberto.

    Gostei do blog. Parabéns pela iniciativa e criatividade. Precisamos de mais professores como o senhor, que pensa no aluno e na aprendizagem deles. Estou trabalhando na área de automóveis e entro todos os dias para ver as novidades.
    Um forte abraço do seu eterno aluno.

    Alexandre.

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